Minha foto
Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre Arquitetura da Felicidade

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica porque a arquitetura pode gerar felicidade e contribuir para uma vida mais plena e harmoniosa.

Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Xambrê-PR

O escritor e filósofo suíço, famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana, afirma que a arquitetura gera felicidade sim! Em seu livro Arquitetura da felicidade, o autor diz que a casa proporciona não apenas refúgio físico, mas também psicológico. E é verdade, pois existe um local melhor que a nossa casa?

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

Em nosso lar nos sentimos protegidos e seguros porque ele é o guardião de nossa identidade. Quando arquitetos afirmam que a casa deve ter a “cara” do dono, nos referimos justamente a isso, a identidade, a personalidade dos usuários ocupantes daquele espaço.

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

De fato, a própria arquitetura ou mesmo a decoração e o mobiliário é capaz de dizer muito a respeito de qualquer pessoa, assim como um simples sorriso ou uma vestimenta.


Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR

Então, pode-se afirmar que a casa é capaz de contar histórias, de evocar estados de espírito, seja através das formas, das cores, dos materiais ou de estilos diversos. Por exemplo, uma parede branca pode significar ausência, vazio, enquanto um piso de madeira pode evocar a graça amadurecida, o crescimento. Um tecido floral pode denotar uma explosão de alegria, enquanto uma estamparia antiga pode representar a melancolia.
 
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

Na verdade, poucos admitem o quanto sua identidade está ligada ao lugar em que vivem, porém, por mais que ignoremos e menosprezemos a “experiência visual”, somos sempre acompanhados por uma tentativa de satisfazer e dar forma elegante ao mundo material.

Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR

Embora a casa não tenha soluções para uma grande parte dos males que afligem o ser humano, os ambientes que fazem parte dela são uma evidência da felicidade à qual a arquitetura deu a sua característica contribuição.

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

Alain declara que a arquitetura não pode por si só nos tornar pessoas satisfeitas, mas sua eficiência pode ser comparada à do clima: um dia bonito pode mudar nosso humor, mas sob o peso de problemas suficientes, nenhuma quantidade de céu azul, nem a mais incrível construção, serão capazes de nos fazer sorrir.
  
 
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Altônia-PR

Botton explica ainda que, quando dizemos que uma cadeira ou casa é linda estamos falando que gostamos do modo de vida que ela nos sugere. Há uma atitude à qual somos atraídos e ficamos vulneráveis às mensagens codificadas que emanam do que está a nossa volta.
  
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Tiago Lima
Altônia-PR

Para explicitar, o autor sugere o seguinte exemplo: Um homem pode dizer que ama um sofá angular com base de aço de uma moderna companhia de design italiana, mas na verdade está encantado com as qualidades de ordem, lógica e racionalidade que esse objeto sugere a ele. Enquanto isso a mulher pode armar uma confusão exatamente porque odeia todo esse aspecto “sofá moderno” de seu marido, ela adoraria mergulhar o seu casamento em virtudes como a calma, doçura e romantismo, que detecta em uma contrastante chaise-longue de estilo do século XVIII.

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
A premissa para se acreditar na importância da arquitetura é a noção de que somos (querendo ou não), pessoas diferentes em lugares diferentes e cabe à arquitetura deixar bem claro para nós quem poderíamos idealmente ser. O arquiteto Mies van der Rohe já dizia que “A arquitetura pode tornar vívido para nós quem poderíamos idealmente ser”.

Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR

Há também uma citação de um escritor francês da primeira metade do século XIX conhecido como Stendhal que diz “A beleza é a promessa da felicidade”. Interpretando essa frase, pode-se observar que os estilos arquitetônicos podem representar diferentes significados:

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

Clássico: refere-se à calma, a ordem, a simetria, a regularidade, a hierarquia, a perfeição, a repetição, a confusão, o contraditório, a cenografia, os ornamentos;

• Gótico: representa o charme do antigo, o mistério, o oculto, a melancolia, a surpresa, a profundidade, o excesso;

Moderno: deriva da racionalidade, da simplicidade, da pureza, da tecnologia, da vida agitada;

• Rústico: representa uma nostalgia pelo passado rural, pelo tradicional, pela paixão à natureza, pelos objetos antiquados, ou seja, pelas lembranças do passado que lhes são evocadas;


Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
foto: Caio Peres
Umuarama-PR

Nota-se que inconscientemente, cada ser humano possui um gosto para um estilo arquitetônico diferenciado, e que assim, está buscando seu próprio “eu”. Nesse aspecto, o arquiteto tem a missão de interpretar o desejo dos usuários, decifrar aquilo que é importante para que as pessoas possam se sentir bem, confortáveis, felizes, pois o ambiente ajuda a ser quem você é, em seu melhor aspecto.

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

Portanto, dizer que uma obra de arquitetura ou design é bela é reconhecê-la como uma interpretação de valores fundamentais para o nosso desenvolvimento, uma transformação de nossos ideais individuais ao meio material.

Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre ofurô

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica sobre o ofurô: uma banheira que nos convida ao relaxamento!

Nada melhor para descansar que um banho relaxante ao ar livre.

De acordo com a definição encontrada na enciclopédia virtual Wikipédia, ofurô é um tipo de banheira utilizada a princípio no Japão, e que depois passou a ser difundida pelo restante do mundo.

O uso da madeira e de vegetação colaboram para tornar a atmosfera ainda mais relaxante!

Essa banheira tem algumas características especiais, como por exemplo, o seu formato bem mais profundo do que uma banheira convencional ocidental, para que o usuário possa tomar banho com o corpo em posição fetal, suficiente para que a água cubra os ombros de uma pessoa sentada.

Que tal um "banho" coletivo?

Outra característica peculiar é a temperatura da água, que deve estar entre 36° e 40°C, proporcionando muitos benefícios para a saúde, como o alívio das tensões, dor musculares e do stress diário, limpeza de pele, reequilíbrio hormonal (devido ao estímulo glandular causado pela alta temperatura), ativação da circulação sanguínea, estimulação das atividades celulares, fortalecimento dos tecidos, além é claro, da sensação geral de bem-estar.
 
Não importa o formato, sempre há um ofurô que se adequa ao espaço disponível de nossas casas!

A cultura japonesa nos ensina que o objetivo nesses banhos de imersão não é lavar o corpo, e sim a alma, sendo o banho no ofurô um ritual autêntico e familiar no Japão, podendo inclusive ser utilizado por mais que uma pessoa ao mesmo tempo. Aliás, quem entra no ofurô deve lavar-se e enxaguar-se previamente, pois a água é reutilizada. O que para nossa cultura pode parecer estranho, para os japoneses é algo comum e milenar.

Pequeno e compacto, este é um exemplo de que o ofurô se adapta em qualquer cantinho do jardim!

Dentre os materiais utilizados encontram-se a madeira, fibra de vidro, acrílico e outros, porém um dos mais tradicionais é a madeira. Por ser maciça e polida, a madeira apresenta uma textura muito agradável em contato com a pele, além de exalar um suave aroma. Outra vantagem deste material é em relação a manter a temperatura da água. Segundo o fabricante Will Arte, nos tamanhos médios, o resfriamento ocorre na razão de ½ (meio) grau Celsius por hora - com tampa, e de 1°C por hora - sem a tampa. Já nos tamanhos maiores, em que é possível acomodar 4 pessoas, a perda de calor é um pouco mais lenta, sendo de 1°C a cada 3 horas. E nos ofurôs para 6 pessoas, a temperatura diminui 1°C a cada 4 horas.

Já imaginou um banho agradável? Este é um exemplo claro!

Quanto à instalação, o processo é rápido e simples. Basta providenciar um ebulidor elétrico ou um aquecedor a gás, para manter a temperatura da água. Por ser leve e portátil, o ofurô pode ser colocado diretamente sobre o piso ou ficar embutido, por meio de um deck de madeira. Com facilidade, pode ser cheio ou esvaziado, facilitando o transporte e a movimentação, caso haja a necessidade de mudá-lo de lugar.

Um banho quentinho de ofurô pode nos proporcionar um imenso bem-estar  e conforto! 

A manutenção é feita de acordo com cada material, mas, no caso da madeira, basta esfregar uma toalha logo após a drenagem da banheira, e periodicamente utilizar uma esponja abrasiva, que normalmente acompanha o produto. Uma dica: procure instalar a banheira na sombra para aumentar a conservação do aspecto original da madeira.

Clima de férias!

Em relação aos modelos, existem muitas opções no mercado. O fabricante citado anteriormente possui 7 linhas de produtos, sendo os redondos (familiares, namoradeiras e individuais) e os ovais (simples, com espaldar, mignon e bebê), que vão de 500l a 2000l, tendo inclusive a opção de instalar hidromassagem com caixa silenciadora e com comando de desvio da água para cachoeira quente ou cascata sonora, que oxigena e refresca a água e produz agradável som. Outra opção é a iluminação interna cromoterápica, por fibra ótica. Os preços podem variar de $3.500 à $15.000 reais.
  
Pequeno, porém muito aconchegante!

Segundo o site mistermerlin, o banho de imersão tradicional japonês, pode ser incrementado para aumentar suas qualidades terapêuticas utilizando sais, pétalas de flores e óleos com essências. Para isto, bastar sentar no ofurô e deixar o corpo imerso até a altura do queixo por mais ou menos 20 minutos, de acordo com as recomendações dos hidroterapeutas. Depois disso, é interessante sair da água e relaxar até que a temperatura volte ao normal. A água quente ajuda a estimular a circulação. O corpo passa por um processo de vaso dilatação e normalmente a pressão cai, permitindo um relaxamento mais intenso. Nesse momento é que entram em cena os outros sentidos, como o olfato, absorvendo os odores de frutas, flores e óleos oferecidos.

O ofurô pode ser instalado até mesmo em iates!

A princípio, qualquer pessoa pode fazer um banho de ofurô, mas as mulheres grávidas e pessoas com problemas cardíacos devem consultar o médico antes de se entregar a essa maravilhosa forma de relaxamento.

Aconchegante e relaxante!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre a moda das peças vintage

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini conta um pouco sobre a origem e a utilização das peças vintage na decoração dos ambientes.


Que tal utilizar uma antiga mala de viagem e adaptá-la como um porta-trecos ou até mesmo fazendo a vez de um mini armário?

Você sabe o que significa a palavra vintage? Trata-se de uma expressão inglesa (vint + age) utilizada pelos produtores de vinho, que significa a idade da safra do vinho, ou seja, aqueles vinhos envelhecidos nas próprias garrafas. Porém, atualmente o termo foi “emprestado”, ganhou um novo sentido e vem sendo usado na moda e na decoração de interiores.


Telefones antigos podem virar luminárias e deixar o ambiente muito bacana!

Nesses meios, o estilo vintage transforma em referência o melhor de todas as décadas, utilizando peças autênticas do século passado (principalmente dos anos 40 - 80) mesclando a objetos de outros estilos.


Elementos ícones das décadas passadas podem ser misturados com o mobiliário atual e criar uma decoração bem interessante!

Segundo João Livoti, um mobiliário ou um objeto devem receber a denominação vintage quando mantêm suas características originais. "Os europeus preferem não intervir na peça apesar do desgaste do tempo. Já no Brasil, é comum conservar o desenho original, mas renovar o estofado e o acabamento", afirma. O arquiteto Antonio Ferreira Jr. é adepto de misturar mobília vintage com as de linhas contemporâneas. "A decoração ganha um sabor especial", acredita.

Aqui, novamente a mala da vovó foi incorporada à decoração e de uma maneira bem legal!

De uma maneira mais simples, as peças vintage nada mais são que aqueles objetos utilizados por nossos pais e avós e que agora voltam repaginados e modificados, para marcar presença e criar identidade em nossas casas.

As peças vintage realmente são lindas! Olha que charmosa essa cozinha com a geladeira amarela da década de 50?

A mistura de peças antigas, de um passado ainda próximo, com outras mais atuais é uma forte tendência que representa o tempo em que estamos vivendo. Nesse sentido, as peças vintage devem ser originais e representativas de cada período. Aproveite a dica para pesquisar objetos em brechós, antiquários, mercados de pulgas e lojas de móveis antigos.

As estampas florais vintage trazem uma sofisticação e um romantismo ao ambiente e podem ser usadas em almofadas, colchas, revestimentos de paredes, abajures, dentre outros.

Na decoração existem muitas peças que são ícones do século XX, mas que continuam brilhando neste século, como por exemplo: o mobiliário clássico do design escandinavo dos anos 50, os móveis com típicos pés-de-palito ou mesmo os pés torneados dando um toque retro às peças, os espelhos e peças de ferro forjado dos anos 40, as moringas de porcelana, os despertadores à corda, os rádios de madeira ou de plástico, os refrigeradores e outros eletrodomésticos com cores fortes e formas inconfundíveis, a cadeira de balanço da vovó, as luminárias arredondadas, um jukebox, e outras peças interessantes e marcantes.

Sou tão fã do estilo vintage que o adotei em meu escritório de arquitetura, por meio do frigobar com os pés palito (característico da década de 50) e da cômoda da Marilyn (by desmobilia).
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini

Já na moda, o vintage pode ser representado por estampas de bolinha, xadrez, listrados, florais ou psicodélicas, tecidos sintéticos, plásticos e metalizados, saias e calças de cintura alta, saias longas e estampadas, vestidos tubinho, sapatos coloridos, uso de roupas com brilho – paetê, sapatos com bico arredondado (boneca), meias coloridas, camisolas bordadas, golas redondas, golas padre e golas rolê, mangas fofas e em balão, botões com formas e feitios originais, vestidos, saias ou blusas com barra balonê, bijuteria étnica, óculos grandes tipo Jackie “O”, chapéus, micro-shorts de cintura alta, calça cigarrete, vestidos curtos e justos,  e tantos outros vestuários que representam épocas mais antigas.
Esses sapatos vintage oxford são uma graça! Aliás, eu tenho o verde! rss
O design é de Alexandre Herchcovitch (by melissa)


Uma dica charmosa e ecológica de vintage é a samambaia. Uma planta muito comum na decoração da casa da vovó, a samambaia era utilizada na cozinha, na sala, na lavanderia ou mesmo no banheiro. O interessante desta planta é que ela tem uma folhagem ornamental, não precisa de muitos cuidados e pode ser usada suspensa. Lembre-se que as samambaias não gostam de sol forte, mas o ideal é manter o vaso em um local iluminado e que pegue um pouco de sol pela manhã.
À esquerda, uma samambaia dando um charme no banheiro. À direita, um puff amarelo brilhante torna a varanda muito mais alegre! Ambas, vintage!

Outra dica para quem curte o estilo vintage na decoração é utilizar as antigas gaiolas, candelabros, castiçais, máquinas de costura. Elementos como estes trazem um toque nostálgico ao ambiente, incorporando artefatos do agregado familiar.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre pisos de vidro

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica sobre os pisos de vidro, um material diferente que valoriza o ambiente.


Se você é o tipo do usuário que gosta de materiais diferentes e deseja um efeito e um visual belo e incomum, vai adorar a idéia do piso de vidro.  Além de exótico, o piso de vidro permite a passagem da luz, reduzindo a necessidade de iluminação artificial, oferecendo uma fonte natural de luz.

Até pouco tempo atrás, a ideia de existir um piso feito totalmente de vidro parecia impossível e distante. Entretanto, com o avanço das novas tecnologias, o que era quase utópico virou realidade, e com muito sucesso.

Atualmente, o vidro pode ser utilizado em pisos, vigas, pilares, controle termo-acústico, segurança contra acidentes, proteção contra atos de vandalismo, envidraçamento estrutural e muitas outras opções. “As possibilidades oferecidas por esse material são inúmeras, basta usar a imaginação”, afirma Ricardo Macedo, diretor da Engevidros, empresa especializada em projetos com vidros. Para sustentar um piso como esse é necessário seguir as normas técnicas e utilizar um tipo de vidro especial, o chamado vidro laminado ou de segurança. Esse material nada mais é que um sanduíche de folhas de vidro, entremeadas de películas de PVB. Essas películas são responsáveis para dar cor às lâminas e também evitar os estilhaços, no caso de quebra do vidro.


 Para calcular a espessura do vidro e a sua estrutura de sustentação são necessários os serviços de um arquiteto juntamente com um profissional de uma empresa especializada.


   


A popularização desse tipo de piso se deu desde a execução do piso de vidro do Museu Oscar Niemeyer (2002), mais conhecido como Museu do Olho, em Curitiba-PR. Outro exemplo é o Park Shopping Barigüi, também em Curitiba, que conta com quatro pisos envidraçados, que formam “tapetes de luz”, pois possuem iluminação sob o vidro em forma de trapézios, com 6.500 milímetros de base por 4.800 milímetros de altura. O piso foi instalado sobre uma estrutura metálica, com ajustes de altura reguláveis. Além disso, os vidros receberam um desenho especialmente criado para essa obra.




Outro shopping-center que optou pela utilização do piso de vidro foi o Shopping Flamboyant, em Goiânia (GO). Neste caso, o piso foi empregado na passarela de ligação aérea entre as duas alas do shopping. A passarela possui 5.000 milímetros de largura e 11.000 milímetros de comprimento. O acabamento dos vidros é opacado e possui uma rosácea com a logomarca do shopping gravada no centro da passarela. Os cinemas do Shopping Itaim de São Paulo, também tem piso de vidro, num total de quinze peças medindo 1.200mm por 1.550mm, com acabamento opacado. 




Além dos shopping-centers, museus e grandes centros comerciais, os pisos de vidro já estão sendo utilizados em residências, podendo ser usado como um painel de piso em salas, corredores, quartos ou mesmo em escadas. Por ser escorregadio, evite o contato desse tipo de piso com as áreas molhadas (banheiros, cozinha, área de serviço).

A instalação pode ser feita sobre o contrapiso ou deixar o fundo aparente. Se a primeira opção for considerada, deve-se forrar o contrapiso com uma base de borracha. Já se a idéia é deixar a luminosidade transpassar e o piso ficar com o fundo incolor, o mesmo deve ficar apoiado sobre uma estrutura metálica coberta por filetes de borracha. Nos dois casos deve-se utilizar rejunte de silicone.

Quanto à manutenção, devem-se ter alguns cuidados:



• Não usar saponáceos e detergentes industriais


• Use capacho na porta de entrada, pois o vidro risca com facilidade quando em contato com terra ou elementos pontiagudos.

• A cada cinco anos, no máximo, troque os rejuntes de silicone.


Desista do piso de vidro se você tiver um quintal com terra ou animais domésticos que entram em casa. Desaconselha-se seu uso para aqueles usuários que se sentem inseguros ou tem medo de altura.