Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica porque a arquitetura pode gerar felicidade e contribuir para uma vida mais plena e harmoniosa.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Xambrê-PR
O escritor e filósofo suíço, famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana, afirma que a arquitetura gera felicidade sim! Em seu livro Arquitetura da felicidade, o autor diz que a casa proporciona não apenas refúgio físico, mas também psicológico. E é verdade, pois existe um local melhor que a nossa casa?
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
Em nosso lar nos sentimos protegidos e seguros porque ele é o guardião de nossa identidade. Quando arquitetos afirmam que a casa deve ter a “cara” do dono, nos referimos justamente a isso, a identidade, a personalidade dos usuários ocupantes daquele espaço.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
De fato, a própria arquitetura ou mesmo a decoração e o mobiliário é capaz de dizer muito a respeito de qualquer pessoa, assim como um simples sorriso ou uma vestimenta.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR
Então, pode-se afirmar que a casa é capaz de contar histórias, de evocar estados de espírito, seja através das formas, das cores, dos materiais ou de estilos diversos. Por exemplo, uma parede branca pode significar ausência, vazio, enquanto um piso de madeira pode evocar a graça amadurecida, o crescimento. Um tecido floral pode denotar uma explosão de alegria, enquanto uma estamparia antiga pode representar a melancolia.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
Na verdade, poucos admitem o quanto sua identidade está ligada ao lugar em que vivem, porém, por mais que ignoremos e menosprezemos a “experiência visual”, somos sempre acompanhados por uma tentativa de satisfazer e dar forma elegante ao mundo material.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR
Embora a casa não tenha soluções para uma grande parte dos males que afligem o ser humano, os ambientes que fazem parte dela são uma evidência da felicidade à qual a arquitetura deu a sua característica contribuição.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
Alain declara que a arquitetura não pode por si só nos tornar pessoas satisfeitas, mas sua eficiência pode ser comparada à do clima: um dia bonito pode mudar nosso humor, mas sob o peso de problemas suficientes, nenhuma quantidade de céu azul, nem a mais incrível construção, serão capazes de nos fazer sorrir.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Altônia-PR
Botton explica ainda que, quando dizemos que uma cadeira ou casa é linda estamos falando que gostamos do modo de vida que ela nos sugere. Há uma atitude à qual somos atraídos e ficamos vulneráveis às mensagens codificadas que emanam do que está a nossa volta.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Tiago Lima
Altônia-PR
Para explicitar, o autor sugere o seguinte exemplo: Um homem pode dizer que ama um sofá angular com base de aço de uma moderna companhia de design italiana, mas na verdade está encantado com as qualidades de ordem, lógica e racionalidade que esse objeto sugere a ele. Enquanto isso a mulher pode armar uma confusão exatamente porque odeia todo esse aspecto “sofá moderno” de seu marido, ela adoraria mergulhar o seu casamento em virtudes como a calma, doçura e romantismo, que detecta em uma contrastante chaise-longue de estilo do século XVIII.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
Portanto, dizer que uma obra de arquitetura ou design é bela é reconhecê-la como uma interpretação de valores fundamentais para o nosso desenvolvimento, uma transformação de nossos ideais individuais ao meio material.
A premissa para se acreditar na importância da arquitetura é a noção de que somos (querendo ou não), pessoas diferentes em lugares diferentes e cabe à arquitetura deixar bem claro para nós quem poderíamos idealmente ser. O arquiteto Mies van der Rohe já dizia que “A arquitetura pode tornar vívido para nós quem poderíamos idealmente ser”.
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres
Umuarama-PR
Há também uma citação de um escritor francês da primeira metade do século XIX conhecido como Stendhal que diz “A beleza é a promessa da felicidade”. Interpretando essa frase, pode-se observar que os estilos arquitetônicos podem representar diferentes significados:
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
• Clássico: refere-se à calma, a ordem, a simetria, a regularidade, a hierarquia, a perfeição, a repetição, a confusão, o contraditório, a cenografia, os ornamentos;
• Gótico: representa o charme do antigo, o mistério, o oculto, a melancolia, a surpresa, a profundidade, o excesso;
• Moderno: deriva da racionalidade, da simplicidade, da pureza, da tecnologia, da vida agitada;
• Rústico: representa uma nostalgia pelo passado rural, pelo tradicional, pela paixão à natureza, pelos objetos antiquados, ou seja, pelas lembranças do passado que lhes são evocadas;
Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
foto: Caio Peres
Umuarama-PR
Nota-se que inconscientemente, cada ser humano possui um gosto para um estilo arquitetônico diferenciado, e que assim, está buscando seu próprio “eu”. Nesse aspecto, o arquiteto tem a missão de interpretar o desejo dos usuários, decifrar aquilo que é importante para que as pessoas possam se sentir bem, confortáveis, felizes, pois o ambiente ajuda a ser quem você é, em seu melhor aspecto.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR
Portanto, dizer que uma obra de arquitetura ou design é bela é reconhecê-la como uma interpretação de valores fundamentais para o nosso desenvolvimento, uma transformação de nossos ideais individuais ao meio material.
Projeto e foto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Umuarama-PR