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Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre os Elementos que Influenciam as Cores



Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica quais são os elementos que influenciam as cores, seja na decoração do ambiente, no mobiliário ou mesmo nas superfícies.

Basicamente, a cor depende de três aspectos fundamentais: luz, objeto e observador.

A principal fonte de luz natural é o sol, seja em forma direta através dos raios solares, ou indireta devido à reflexão na atmosfera (com ou sem nuvens), na vegetação, nos edifícios ou em outros objetos existentes na superfície da terra. A iluminação natural proporciona uma maior fidelidade de cor, ou seja, conforme o tom escolhido a luz natural colabora para que ele não seja alterado. Não só a luz natural como também a artificial pode influenciar no resultado final da cor. Dependendo do tipo de lâmpada adotado, da sua temperatura de cor e outras características, a cor pode ser completamente alterada, prejudicando ou favorecendo o ambiente.

Fonte: http://eudecoro.com/

Outro elemento que é dependente da cor é o objeto. Conforme as especificações do material em que um objeto é composto, a cor também pode ser transformada. Transparência, translucidez ou opacidade são características fundamentais que definem a reflexão ou absorção da luz e logicamente a percepção da cor. As cores brilhantes refletem a luz, deixando o ambiente mais claro, assim como as opacas absorvem a luz, escurecendo o ambiente. Portanto, a cor também é considerada dimensão porque aumenta ou diminui aparentemente a sensação espacial de um ambiente, afastando ou aproximando objetos.

Fonte: http://www.housetohome.co.uk/

Um fato interessante é que o ser humano, considerado como um observador através do olho, não percebe a cor da mesma maneira. Estima-se que 8% da população têm algum tipo de deficiência visual para cor. O olho humano é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de luz e cor e mesmo entre pessoas sem deficiência visual para cor é normal encontrar diferenças na sua percepção. Com o avanço da idade, o cristalino e o líquido que preenche o olho tornam-se amarelados fazendo com que se diminua a sensibilidade para os tons de azul, deixando as cores menos vívidas e diminuindo a percepção do brilho.

Fonte: http://yourcolorcoach.files.wordpress.com/

Assim, pode-se concluir que a cor é muito mais do que somente um aspecto subjetivo de beleza ou desagrado, de bom ou mau gosto. É necessária uma consultoria com um profissional de arquitetura que detém conhecimentos de percepção do espaço, de iluminação, além do domínio de aspectos psicofísicos e funcionais da cor. Através de uma boa composição temos o poder de transmitir ao usuário sensações de alegria e excitação, reflexão e recolhimento, tranqüilidade e calmaria, gerando assim experiências únicas para cada ser humano. Além disso, o uso da cor é um dos recursos mais econômicos para promover mudanças em um ambiente, sejam elas físicas, mentais ou cognitivas.

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