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Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Artigo técnico: A importância do brincar e do brinquedo como potencializador das atividades infantis


Sob a orientação da Profa. Esp. Michelle Faura Ferrarini, este artigo foi realizado, apresentado e publicado em 2009 para o VIII Encontro de Iniciação Científica e VIII Fórum de Pesquisa da UNIPAR - Universidade Paranaense, em parceria com a aluna Najla Cardenes Debiaiso. O artigo retrata a importância do brincar e do brinquedo como exploradores das habilidades infantis.
Leia abaixo o artigo completo.

Fonte: http://farm4.static.flickr.com/

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DO BRINQUEDO COMO POTENCIALIZADOR DAS HABILIDADES INFANTIS.

Michelle Faura Ferrarini¹; Najla Cardenes Debiaiso²

Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas

Introdução – A proposta maior do brincar e do brinquedo é proporcionar horas de sociabilidade, imaginação e espontaneidade, priorizando o prazer que a ludicidade oferece a qualquer criança. Sabe-se que, a forma como uma criança brinca, reflete a sua maneira de pensar e agir, sendo a ludicidade o caminho utilizado para recriar fatos e histórias do dia a dia. É através desta que se alcança um rendimento no nível de conhecimento, promovendo uma alfabetização significativa. Segundo Brougère (2006), os brinquedos também possibilitam a manipulação das imagens, das significações simbólicas, que constituem uma parte da impregnação cultural à qual a criança está submetida.

Objetivos – Demonstrar que através da proposta da aquisição de alguns brinquedos e da realização de brincadeiras simples é possível trazer a ludicidade para os espaços e instituições, sem grandes gastos, colaborando visivelmente para o desenvolvimento das habilidades infantis.

Desenvolvimento – Os estudiosos contemporâneos classificam as funções da brincadeira de vários modos. Ken Baynes, adotando a abordagem do educador australiano John Gabriel (apud BAYNES, 1992, p.6) identifica seis tipos de habilidades envolvidas no desenvolvimento infantil: sensórias, exploratórias, de manipulação, emocionais, de identificação e sociais. Essas habilidades podem ser exploradas por meio de algumas brincadeiras ou brinquedos, que podem inclusive, ser confeccionados pelas próprias crianças, com a ajuda do educador. Um exemplo é o fantoche, que pode ser executado com sobras de pano. Trata-se de uma brincadeira lúdica onde a criança idealiza um personagem, uma história, inventa nomes aos bonecos e os dá vida. Esse tipo de brincadeira estimula à imaginação, a atenção, a capacidade motora e potencializa as habilidades: emocional, de manipulação, de identificação e social. Outro exemplo é o jogo de argolas. Nessa atividade, a criança desenvolve a coordenação viso-motora, o equilíbrio, a destreza, a atenção, a percepção de cores, distâncias, formas e materiais. As habilidades exploradas são: sensórias, exploratórias, de manipulação e sociais. Assim como no caso dos fantoches, o jogo de argolas pode ser construído pelas próprias crianças, utilizando materiais recicláveis e sucatas. Outra proposta de brinquedo artesanal que pode ser executado com materiais ecologicamente corretos é a barra de equilíbrio. Esse brinquedo visa principalmente explorar o equilíbrio, a imaginação, fazer o uso inteligente da gravidade e do autocontrole, potencializando as habilidades de manipulação, exploratórias e sociais.

Conclusão – O brincar permite a conexão com a realidade de forma criativa e faz com que a criança experimente outras formas de ser, desenvolvendo suas habilidades motoras – através de movimentos exploratórios como escalar, balançar, buscar o equilíbrio; sociais – por meio de jogos e regras, além do desenvolvimento cognitivo, psicológico e social.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA, Elvira de. Arte lúdica. São Paulo: Edusp, 1997.

BAYNES, K. How children choose: children’s encounters with design. Loughborough: DD&T / Loughborough University, 1996.

BENJAMIM, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. Tradução de Marcus Vinícius Mazzari. São Paulo: Summus, 1984.

BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 6° ed. São Paulo: Cortez, 2006.

CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca - Um mergulho no brincar. São Paulo: Maltese, 1994.

OLIVEIRA, Paulo Salles de. O que é brinquedo. 2° ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.

¹ Arquiteta e Urbanista, Profª. Especialista em Arquitetura de interiores pela Unipar – Universidade Paranaense. E-mail: ferrarini@unipar.br

² Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo. E-mail: na_ploc@hotmail.com

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