Fonte: http://farm4.static.flickr.com/
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DO BRINQUEDO COMO POTENCIALIZADOR DAS HABILIDADES INFANTIS.
Michelle Faura Ferrarini¹; Najla Cardenes Debiaiso²
Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas
Objetivos – Demonstrar que através da proposta da aquisição de alguns brinquedos e da realização de brincadeiras simples é possível trazer a ludicidade para os espaços e instituições, sem grandes gastos, colaborando visivelmente para o desenvolvimento das habilidades infantis.
Desenvolvimento – Os estudiosos contemporâneos classificam as funções da brincadeira de vários modos. Ken Baynes, adotando a abordagem do educador australiano John Gabriel (apud BAYNES, 1992, p.6) identifica seis tipos de habilidades envolvidas no desenvolvimento infantil: sensórias, exploratórias, de manipulação, emocionais, de identificação e sociais. Essas habilidades podem ser exploradas por meio de algumas brincadeiras ou brinquedos, que podem inclusive, ser confeccionados pelas próprias crianças, com a ajuda do educador. Um exemplo é o fantoche, que pode ser executado com sobras de pano. Trata-se de uma brincadeira lúdica onde a criança idealiza um personagem, uma história, inventa nomes aos bonecos e os dá vida. Esse tipo de brincadeira estimula à imaginação, a atenção, a capacidade motora e potencializa as habilidades: emocional, de manipulação, de identificação e social. Outro exemplo é o jogo de argolas. Nessa atividade, a criança desenvolve a coordenação viso-motora, o equilíbrio, a destreza, a atenção, a percepção de cores, distâncias, formas e materiais. As habilidades exploradas são: sensórias, exploratórias, de manipulação e sociais. Assim como no caso dos fantoches, o jogo de argolas pode ser construído pelas próprias crianças, utilizando materiais recicláveis e sucatas. Outra proposta de brinquedo artesanal que pode ser executado com materiais ecologicamente corretos é a barra de equilíbrio. Esse brinquedo visa principalmente explorar o equilíbrio, a imaginação, fazer o uso inteligente da gravidade e do autocontrole, potencializando as habilidades de manipulação, exploratórias e sociais.
Conclusão – O brincar permite a conexão com a realidade de forma criativa e faz com que a criança experimente outras formas de ser, desenvolvendo suas habilidades motoras – através de movimentos exploratórios como escalar, balançar, buscar o equilíbrio; sociais – por meio de jogos e regras, além do desenvolvimento cognitivo, psicológico e social.
ALMEIDA, Elvira de. Arte lúdica. São Paulo: Edusp, 1997. BAYNES, K. How children choose: children’s encounters with design. Loughborough: DD&T / Loughborough University, 1996. BENJAMIM, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. Tradução de Marcus Vinícius Mazzari. São Paulo: Summus, 1984. BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 6° ed. São Paulo: Cortez, 2006. CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca - Um mergulho no brincar. São Paulo: Maltese, 1994. OLIVEIRA, Paulo Salles de. O que é brinquedo. 2° ed. São Paulo: Brasiliense, 1989. |
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² Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo. E-mail: na_ploc@hotmail.com
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