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Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Artigo técnico: Harmonização e Composição Cromática nos Ambientes Arquitetônicos

Artigo realizado, apresentado e publicado pela Arquiteta Michelle Faura Ferrarini, no Curso de Especialização em Arquitetura, Design e Decoração de Interiores pela UNIPAR - Universidade Paranaense, em Umuarama-PR.
O artigo trata dos efeitos psicodinâmicos e as composições da cor sobre o ser humano.
Leia abaixo o artigo na íntegra.

Obra do pintor Piet Mondrian

Fonte: http://www.michaelnewberry.com/


HARMONIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO CROMÁTICA NOS AMBIENTES ARQUITETÔNICOS

Michelle Faura Ferrarini¹

Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas

Introdução - A consciência sobre as cores sempre esteve presente no ser humano, fosse através de alimentos, de um animal ferido em uma caça ou simplesmente de uma fêmea no cio. Percebemos então, que desde os tempos antigos, o homem reage à linguagem cromática a partir de suas condições físicas e de suas influências culturais, gerando percepções sinestésicas, despertando os sentidos, estímulos e sentimentos.

Objetivos – Fornecer informações para que o leitor, interessado no fenômeno da cor, possa ampliar seus conhecimentos através dos diversos tipos de composições cromáticas existentes.

Desenvolvimento – Os efeitos psicodinâmicos da cor são variados devido à predominância do sentido da visão sobre todos os demais sentidos e em virtude também da grande variedade de cores, sua gradação de luminosidade, diferença de intensidade, além da variação dos espaços e formas coloridas. Cada pessoa percebe a cor de uma maneira diferente, portanto, independentemente do gosto, a escolha da cor para um ambiente arquitetônico depende da função para o qual o ambiente se destina, se ele será usado durante o dia, à tarde ou à noite, se será um ambiente de passagem ou de permanência, qual a personalidade e a idade dos usuários desse ambiente e por conseqüência determina-se a quantidade de luz que deverá ser penetrada no ambiente e a cor do mesmo. Assim como a cor, a iluminação é um processo de tomada de decisão, uma seqüência de criações e escolhas práticas que definirão o espaço. Podemos considerar a luz como sendo uma das ferramentas usadas para modelar nosso ambiente visual. Através dela articulamos sombras, cores, formas, espaços, ritmos e texturas produzindo então diversas sensações, tanto individuais como coletivas, constituindo um clima de magia, simplicidade, alegria, dramaticidade, misticismo, repugnância, reflexão, calmaria, agradabilidade, surpresa ou até excitação. Porém notamos que a cor necessita de uma ordenação para se tornar agradável e por meio do estudo do círculo cromático verificamos que as composições são a base para o sucesso na aplicação das cores em um ambiente. As principais são: composição monocromática ou harmonia de cor dominante, análoga, cor chave, cor complementar simples, cor complementar contígua, harmonia por duplo contraste, harmonia tríade e harmonia hierárquica.

Conclusão – Para se chegar a uma interessante composição e harmonização cromática cabe ao projetista ter boa percepção do espaço, conhecimento de iluminação, além do domínio de aspectos psicofísicos e funcionais da cor. Notamos que a cor é muito mais do que somente um aspecto subjetivo de beleza ou desagrado, de bom ou mau gosto. Ela depende de diversos fatores como a luz, o objeto e o observador. Através de uma boa composição temos o poder de gerar experiências únicas para cada ser humano. Além disso, o uso da cor é um dos recursos mais econômicos para promover mudanças em um ambiente, sejam elas físicas, mentais ou cognitivas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUCKLAND, Raymond.O Poder Mágico das Cores .3°edição. São Paulo- SP, Editora Siciliano,1991.

GOETHE, J.W. Doutrina das cores. Apresentação, seleção e tradução de Marco Gianoti. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.

GOLDING, Mordy. Guia de cores para web designers - Pantone Web Color. Ed. Quark.

KLEE, Paul. Theorie de l'art Moderne. Genéve: Gonthier, 1971

KUPPERS, Harald. Color. Origem, metodologia, sistematização e aplicação. Barcelona: Lectura, 1973.

LACY, Marie Louise. O Poder das Cores no Equilíbrio dos Ambientes. São Paulo- SP: Pensamento, 1996.

PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Léo Christiano editorial, 1980.

SOARES, Paulo Toledo. O mundo das cores. São Paulo: Moderna, 1991.


¹ Arquiteta e Urbanista, Profª. Especialista em Arquitetura de interiores pela Unipar – Universidade Paranaense. E-mail: ferrarini@unipar.br

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